Hoje tive uma experiência interessante...
Fazendo uma pausa no estudo, fui lanchar a um café perto da Faculdade.
Enquanto degustava um húngaro, olhava distraidamente para os apontamentos de Economia Política e ia prestando atenção a uma senhora que, muito convictamente, e num jeito bem nortenho, queixava que o seu FC Porto anda a ser "roubado", lançando as culpas ao "orelhudo", ao "apito encarnado" e outros que tal. Mas, apesar de tudo, confiava que o seu Porto, no final das contas, voltaria a ser "penta"!
Só por que não tinha nada de mais a fazer, decidi quebrar o meu recolhimento benfiquista, juntando-me à animada conversa, que foi progredindo, aumentando de tom, mudando de assunto, até que nos vimos atolados numa conversa sobre imperialismo e sobre o luso-tropicalismo.
A determinada altura, a mesma senhora, chegada a sua hora, ausenta-se. Continuo com os donos do Royale a cavaqueira.
Discutiu-se a corrupção. "É badalhoco!" - foi a conclusão do Sr. Mendes.
E logo que a onda de concordância terminou, pergunta-me o mesmo senhor, "E os homossexuais? O que é que te parece?".
A resposta que dei pouco importa. Mais cedo ou mais tarde, há-de ser escrita por estes lados. O que importa é a pergunta, nela mesma.
Há um generalizado sentimento de desconforto na sociedade portuguesa quanto a este assunto. Contra tudo, contra todos, contra um sentimento profundo e justificado, foi aprovado aquilo a que alguns chamam "casamento homossexual". Legitimidade? Qual legitimidade? Quem, em verdade, quando votou, pensava nas uniões matrimoniais entre pessoas do mesmo sexo?
A sociedade queria ser ouvida. Não deixaram.
Houve uma determinada plataforma cívica que apresentou mais de 90000 assinaturas pedindo um referendo. Mas os referendos e Democracia nem sempre convêm...
Termino com uma única pergunta, que, aliás, foi a pergunta que a Plataforma Cidadania e Casamento fez aos partidos.
Quantas mais assinaturas querem?
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