sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Mea culpa

Errei.
Lamento.

Segundo nos diz o Defesa de Espinho, pelo qual acabo de passar os olhos, que o Dr. Pinto Moreira pretende, a curto prazo, levar os idosos do concelho a Barcelona.

Fica aqui a correcção.

A adjectivação da dita actividade, essa mantenho-a.

Anos e anos a criticar uma forma de actuação e assim que surge a primeira oportunidade, assim que fazer igual ao que se critica dá jeito, lá se faz o mesmo.

Será que ainda há quem se deixe surpreender?

A JP no Defesa de Espinho - 10/12/09

Os camaradas são para as ocasiões.




Intervalo da novela. O desespero! O horror! O que fazer?

Porque não viajar?

Viajemos imaginando, até um mundo de sonho. A um mundo que não é real, que não existe.

Bem-vindos a um país. Bem-vindos a uma república. Bem-vindos à República do Nacional Porreirismo.

A República do Nacional Porreirismo é difícil de descrever. É um país que perdeu a memória. É um país que poderia ter por lema “status quo”. É um país que desconfia dos seus cidadãos mais empreendedores.

Nesta república há, aliás, dois verdadeiros graus de cidadania: a cidadania propriamente dita e a camaradagem, bem mais apelativa do que a primeira. Todos os camaradas são cidadãos; nem todos os cidadãos são camaradas. Os camaradas são aqueles que pertencem aos clubes desportivos do poder. Clubes desportivos esses que se dedicam à prática de um desporto peculiar: a conquista do poder na república.

Para se chegar ao poder e para o exercer é preciso encará-lo como um desporto, em primeiro lugar. Em segundo, é preciso ser camarada de um clube. Em terceiro, é preciso vencer o campeonato.

Como é que se vence o campeonato? Conseguindo o voto dos juízes. Quem são os juízes? São os cidadãos. Como é que se conseguem os votos dos cidadãos? Boa pergunta!

Aqui é que entra a beleza deste desporto. O objectivo é convencer os juízes de que este desporto, de um desporto não se trata. Ganha o campeonato o clube que melhor convencer os cidadãos do seu (pseudo)altruísmo. Todos alegam que se batem pelo bem da república. Quem melhor disto convencer, vence.

E o que fazem os camaradas com o poder?

Tanto! Contemplam a sua vitória. Contemplam-se a si mesmos na sua majestática grandeza. Disfrutam das regalias que vêm com o posse do poder. Batem-se pela manutenção do seu poder ( que também é do seu clube, claro está). E, finalmente, criam as condições para terem uma existência confortável depois de deixarem o poder e o clube (sim, porque quando alguém se dedica a actividades tão desgastantes quanto a prática deste desporto, a reforma vem cedo).

Mas a camaradagem é ainda melhor do que à primeira vista possa parecer. Mesmo quando não se consegue chegar a tempo do almoço, há sempre uns restinhos ao dispor dos camaradas.

O valor fundamental da camaradagem é a solidariedade, quer entre os camaradas do seu mesmo clube, quer – pasme-se a grandeza de espírito! – entre camaradas de clubes distintos, porque a camaradagem é um valor em si mesmo e todos os camaradas lá estão para o mesmo.

A camaradagem importa, então, um seguro desportivo. Ainda que os resultados dos campeonatos não sejam tão bons quanto se esperava, há sempre prémios de participação. Há sempre algum poder que os camaradas vencedores têm que delegar em outros camaradas.

Tomemos um único exemplo, para que não digam que tomámos mais. A República do Nacional Porreirismo está dividida em regiões administrativas provisórias, há décadas. Para cada uma das regiões o Primeiro dos Mandões e os seus acólitos nomeiam o Mandão Cá da Região. Para Leonor, a região administrativa provisória onde se insere a capital, foi nomeado o camarada que teve o infortúnio de ficar a um lugar de entrar na Casa dos Mandões. Já nas regiões de Amélia, Filipa ou Perpétua, por exemplo, foram nomeados camaradas derrotados nos campeonatos do Mandão Cá da Terra.

Em boa verdade, os camaradas são para as ocasioões: para as más, para as boas, até para as assim-assim. Os camaradas são para todas as ocasiões! E quanto custa isto? Praticamente nada: apenas jurar submissão absoluta ao clube, obliterar aquela coisa de que nunca se faz uso chamada “honra” e, pois claro, estar sempre disposto a ajudar um camarada em tudo o que ele precisar. Fácil, barato, dá, literalmente, milhões.

Extraordinário!

Agora, por puro aventureirismo imbecil, imaginemos. Imaginemos que esta república que imaginámos e que esta viajem que sonhámos não são fruto da nossa imaginação, mas da vil e monocromática realidade. Imaginemos que não só a República do Nacional Porreirismo existe, como vivemos nessa mesma república.

Ou talvez não...

Coisa desinteressante de se imaginar! Disto só se encontra remechendo na pútrida fertilidade de mentes pouco ilustradas. De facto, ignorância é força.

Vamos, mas é, fazer zapping.






André Levi Ferreira

We 're back! - Dois meses depois ou A história de uma cidade parada

Depois de algum tempo sem escrever no blogue, voltámos.

As coisas deram uma ou outra cambalhota... Mas não muitas, claro está! Estamos em Espinho, no final das contas.

O camarada José Mota é agora governador civil de Aveiro.
Pinto Moreira, presidente da Câmara Municipal de Espinho.
A rampa da rua 23 foi removida.
A Vareira de Espinho e a filha têm um novo blogue.
Os idosos já não são levados ao Brasil. Era suposto irem até ao final deste ano a Barcelona, mas uma promessa eleitoral é uma promessa eleitoral... Ainda para mais uma tão rasteira, primária e imbecil quanto esta.

Pelo contrário, Rolando Sousa integra o executivo camarário.
O PDM ainda não foi suspenso.
Contiua a haver parquimetros por essa cidade fora, sem as contrapartidas contratuais.
Ainda não foi solicitada uma auditoria às contas camarárias.
O canal ferroviário ainda parece um campo de batalha.

Como se vê, não se tem passado grande coisa... Os espinhenses precisam que, muito rapidamente se passe grande coisa. Depositam, bem ou mal, não vem ao caso, a sua fé no Dr. Pinto Moreira pra que se passe grande coisa.

Passam hoje dois meses da eleição dos órgão autárquicos espinhenses. Está na altura de se começar a cobrar o que aos espinhenses é devido.

Dr. Pinto Moreira, pela nossa parte, esteja descansado. Faremos o nosso papel de cidadão atentos.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Reinventámos a maneira de Ser

Depois dos resultados anunciados fica a sensação de que soube a pouco, muito embora aqueles se tenham enquadrado no expectável. Em todo o caso, a esperança de colocar alguém na câmara esteve sempre presente e, a meu ver, a ter acontecido, faria toda a diferença. Mas a vida é mesmo assim. Resta dar os parabéns aos vencedores e congratularmo-nos pela dignidade com que levámos a cabo a nossa campanha. Pessoalmente nunca criei grandes cenários pois, acima de tudo, participei por acreditar na força das ideias e da vontade deste grupo de pessoas que ama a sua terra: verdadeiro, enérgico e, acima de tudo, plural. Foi uma inspiração!
No que toca à juventude, julgo estarmos de parabéns. Há já muito tempo que não via uma JP tão dinâmica em Espinho! Vivemos a campanha intensamente, muito por mérito de quem, no seio do partido, soube reconhecer as qualidades e o potencial da voz de quem é mais novo. Nem poderia ser de outra maneira - a juventude é o amanhã!
Contas feitas e refeitas, interessa agora aproveitar esta onda enérgica de esperança que ficou de tudo isto. O CDS é a terceira força política em Espinho. Batemo-nos com dignidade e devemos estar orgulhosos disso. Estamos todos de Parabéns. Viva Espinho!

domingo, 20 de setembro de 2009

Merecida homenagem



José Mota, aparentemente, acha-se merecedor de uma estátua.

Estátua, estátua, ainda não se viu nada, coitado... Mas, ao que a JP consegui apurar, os CT&T, querendo fazer justiça ao decano da política espinhense, preparam-se para lançar um selo em sua honra!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A JP no Defesa de Espinho - 3/9/2009

Promessa ou Ameça?



Nos últimos meses, o país foi polvilhado de cartazes, grandes e pequenos, de propaganda política. De bustos austeros, a poses convictas, a frases-fortes, de tudo um pouco se vê.
E com o início da campanha para as eleições autárquicas, o seu número e diversidade cresce. Somos confrontados com verdadeiros tesouros: poses arrojadas de candidatos a Valongo, oeirenses que “votam na sua segurança”, candidaturas independentes a Marco de Canavezes que são um “todo o terreno”.

E também os espinhenses já vão vendo as fotografias dos seus candidatos autárquicos sendo espalhadas pelo concelho.
Um destes dias, regressado de férias e decidido a ir ver o mar de Espinho, deparei-me com um desses cartazes. Ostentava o busto do ainda presidente da Câmara Municipal de Espinho.
Um arrepio de frio percorreu o meu corpo em antecipação do que iria ver.

Ao lado do presidencial sorriso perfilava-se um conjunto de letras que ainda não me era perceptível. Assolava-me um misto de medo e de uma desagradável e ruborizante sensação de vergonha por disparate alheio, que nos leva quase que a querer esconder a cara atrás das mãos.
E então, tornou-se-me compreensível. “Consolidar o futuro”.
Uma cascata caleidoscópica de sentimentos, impressões e considerações abateu-se de imediato sobre mim. Consolidar o futuro? Que futuro? Um futuro feito à imagem e semelhança do actual paradigma de desenvolvimento de Espinho? Um futuro perpetuador do profundo estado de degradação em que Espinho se encontra? Mas afinal de contas, estão-nos a prometer alguma coisa, ou estamos a ser ameaçados?

A cidade está suja e degradada. Esquecem-se coisas de uma urbanidade tão rudimentar e tão auto-evidente como caixotes do lixo. O património arquitectónico de Espinho não é protegido e vai desaparecendo dia para dia. Anta cresce desregrada e feia. Paramos e Silvalde são votados a um militante apartamento do concelho, não se percebendo a importância estratégica destas freguesias, nem se conhecendo o seu potencial, tanto a nível natural, como cultural, como mesmo infra-estrutural.

Em geral, o concelho não é pensado. Fazem-se investimentos faraónicos como se não houvesse amanhã, nem gerações futuras que os têm que pagar, confundindo-se o conceito de interessante e útil. Ninguém põe em causa que José Mota tem obra feita. Todavia, não me coíbo de pôr em causa a utilidade e pertinência da obra de José Mota. Mais, o que está feito não é utilizado ou potenciado e a cidade não retira proveito desses investimentos. O que por cá se vai passando, aparece como radicais livres, desconexos, sem que por trás tenho qualquer tipo de lógica estruturante e sem que com isso tirem os espinhenses proveito.

Mas é inútil continuar em dissertações teóricas sobre o estado do concelho, porque o que se passa é suficientemente óbvio para todos os espinhenses. E quando José Mota fala em consolidação do futuro, em boa verdade não creio que nos esteja a ameaçar. Acredito plenamente que José Mota é bem intencionada. Mas não é isso que se discute...
José Mota é bem intencionado, acredito, mas, muito simplesmente, não nos serve. José Mota não tem um plano para Espinho. José Mota não soube governar Espinho. E Espinho é uma terra pior por ter sido governada por José Mota.

Não temos todos que saber fazer as mesmas coisas. José Mota saberá, certamente, fazer muitas coisas muito bem. Gerir uma Câmara, não é uma delas.
José Mota não nos ameaça. Singelamente, não sabe fazer melhor. Deve ser nossa responsabilidade entregar o governo da Câmara Municipal de Espinho a quem a saiba governar.
Pela minha parte, José Mota pode estar seguro de uma coisa: não votarei nele.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Boas-Vindas

Fazer Acontecer é um blog da responsabilidade da concelhia de Espinho da Juventude Popular.
Somos um grupo de jovens espinhenses, amantes da sua terra, que não se conformam com o estado em que o concelho se encontra. Que não se conforma com a falta de espaço para os jovens espinhenses.

Degradação, poluição, sujidade, desperdício, desertificação, envelhecimento, empobrecimento, desemprego, falta de visão, incompetência, inércia. Não se tem sabido pensar Espinho. Não se tem sabido Fazer Acontecer Espinho.
Espinho tem tanto mais para dar!... Há tanto potencial que está desaproveitado!... Há tanta coisa a fazer e tanto por onde crescer!... Há que dar espaço aos jovens. Há que Fazer Acontecer Espinho!

Este é o espaço que falta: queremos dar voz aos jovens, escutar as suas ideias, discutir os seus projectos de forma directa, eficaz, livre, dinâmica, por vezes polémica e sempre irreverente! Queremos despertar consciências, promover o debate, a troca de ideias e o espírito crítico, contando com a participação de militantes, simpatizantes, vozes discordantes e todos aqueles que sonham com um futuro mais próspero para o nosso concelho.

Sabemos que “a Juventude não é instalada”. Só precisa de espaço para que a sua consciência cívica possa fruir. Só precisa de espaço para Acontecer. Só precisa de espaço para Fazer Acontecer. E eis que aqui esse espaço se apresenta!
Queremos com todos os jovens de Espinho, Fazer Acontecer!

Vem tu também Acontecer e Fazer Acontecer!


A Juventude Popular de Espinho

Faz Acontecer!